domingo, 28 de março de 2010

Um de dois

Da janela que vejo tua pele na sombra,
Que apavora e grita sobre os meus olhos atentos,
Esperando uma brecha, uma flecha.
E me calas afugentando minha pele da tua,
Janelas cerradas, pálpebras fechadas.
Do interior tua pele com a minha
Entrelaçada entre lençóis
Laços, lagos e luzes.
Sombras sobre tua pele homogênea,
Que cai o fel do desejo
Ardendo por entre os dedos
Tentando atravessar tua pele, e ocupar apenas uma.
A unificação de sentimentos.
Um angelical cordão que me nutre.

Priscila Cavalcanti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário