domingo, 20 de setembro de 2009

Madrugada dos loucos

Salvem-se os loucos,
Deixe os normais viverem aos choros.
Loucos como somos, somos poucos
Poucos como somos, somos loucos.

Românticos assim, tarjados de loucos,
Que por tão pouco, abrem a boca e reclama do outro.
Noite escura os românticos na rua,
E olham apenas a lua,
E olham apenas a lua.

Românticos, loucos, poucos.
Acredito na lucidez, e raridade que tem os loucos.
Quando é noite de lua cheia, a menina desenha na areia
O rosto do outro, aos poucos, aos choros.

Choros, risos, alegrias
Quanta magia há na vida de um louco
Nome da pessoa amada em noite de bruxaria.
Gritam: BRUXO NÃO, APENAS BOBO!

Bobos, loucos, tolos, românticos e poucos.
Espero um desse para compartilhar magia.
Digo bruxa não, apenas alegria.
Mas prefiro um bruxo que use magia.

Bruxo que digo, não confunda com o mito.
Bruxo que falo apenas o homem amado.
Que em noite de lua nova coloquei seu nome amarrado
Em areia perto da lua, junto do velho sapato.

Românticos somos, e não perdemos a regalia.
Contemplamos a lua da noite, mesmo em plena luz do dia,
Nossas mentes são feitas de sonhos,
E sonhos são só utopias.

- Priscila Cavalcanti.

sábado, 12 de setembro de 2009

Ritual

Eu precisava de um tempo,
Eu precisava remoer o vento em busca do cheiro teu.
Eu precisava deixar claro o tormento,
Deixar pedra em firmamento,
E teu nome junto do meu.

Escrevi pra iemanjá,
Deixei os sentimentos nas ondas do mar,
Só pra ganhar o peito teu.

Fiz simpatia em fita vermelha,
Fiz azul na areia,
Virarem meu e teu.

Mexi com o céu, mexi com a terra.
Fiquei só na espera, de teu beijo encontrar o meu.

Olhei a lua na rua deserta
Usei até cultura celta
A lua não me atendeu.

Fui à igreja do pelourinho,
Rezei pra Antonio, rezei pra Augustinho.
O que será que aconteceu?

Pedi a Deus com muita fé,
Agora sim, vai da pé,
E nada me ocorreu.

O que me resta nessa hora
É esperar que um dia, ou agora.
Teu olhar encontre de novo o meu.

E a magia que eu gostava,
Nessa hora ficou calada,
A fita vermelha seu rompeu.

A boca tua ficou gelada,
Minha boca anestesiada,
Quando teus lábios estavam de fronte aos meus.

Obrigada, a fé danada.
Deixo a luz, deixo a morada.
Levo comigo os olhos teus.

- Priscila Cavalcanti.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Chico pra Maria

Não te preocupa Maria,
Não voltarei mais a te importunar.
Não te preocupa Maria,
Esse tolo já cansou de te incomodar.

Nem por isso Maria,
Digo que te deixo de amar.
Nem por isso Maria,
Meu amor diminuirá
Saberei te esperar.

Quem sabe assim Maria,
Quando caminhares até meu destino.
Poderás ver Maria,
Que é só amor o que sinto.

Peço-te de mãos atadas Maria,
Que não demores até encontrar meu destino.
Noite sombria, tempo de romaria,
Meu destino é junto de Maria.

Não te demores Maria,
A perceber que meu lado é o lado teu.
Não te demores Maria,
A cada segundo que passa
É um beijo que perco seu.

E quando eu cantar Maria,
Será como se tu cantasses também.
Meu canto é o canto de Maria,
O canto de Maria é meu também.

Caibo-me no canto de Maria,
Maria cabe no meu canto também.
Madrugada só, perco a poesia,
Mas não esquecerei o canto de Maria.

Não calarás a fuga Maria,
Os sentimentos de madrugada fria.
Não calarás a alma minha Maria,
Enquanto tua boca não calar a minha.

- Priscila Cavalcanti.

domingo, 6 de setembro de 2009

Balada sem abalar

Eu acreditava que tudo poderia ser diferente, e foi bem diferente da minha crença. Não acredito em pessoas perfeitas, mas acreditei que você tivesse um pouco mais de anos na mente. E acreditando no sonho, eu fui. E por acreditar no sonho, meu sonho se desfez. Se eu não tivesse um sonho, talvez não sonhasse tanto.
Agora o que me resta é esquecer, esquecer é isso que eu tenho feito ao longo da minha vida curta em materia física, eterna na mente.

- Priscila Cavalcanti