segunda-feira, 25 de julho de 2011

Espelho

Tentando ficar cego em um mundo colorido
Enxergando sozinho o preto e branco das janelas,
Elas gritam para eu me afastar,
Eu a ouvir gritar, e era tarde.

Eu escutei em um minuto
todas as verdades sobre o mundo,
Eu não queria saber.

Eu lutei sozinho contra esse óculos
de lente límpida como um poço escuro
cheio de lama e rancor.

Eu fui procurar pelo mundo,
Que estava escondido atrás dos olhos,
Dos velhos olhos,
Que hoje quero cegar.

Eu fui, eu ouvi, eu fiquei,
Eu sofri, eu amei, eu chorei,
Eu sorri, eu gritei, e ecoei:  É apenas eu!

sábado, 23 de julho de 2011

Prisão

A solidão é ferida ardendo,
Vou tentando sobreviver ao gelo.
Vou escrevendo entre mentiras e trapaças
Entre verdades cavernosas,
Vou andando nessa noite tortuosa,
Torturando entre o ter e a falta.
Entre o nada e a vaga lembrança de tudo.

A imaginação ajuda a aquecer,
A loucura tenta disfarçar e diz que tudo é leve, é doce.
Como se fosse só,
Como se eu fosse só,
Como se eu fosse o sol com as chamas apagadas.