domingo, 24 de outubro de 2010

Rapida


- Vai, prova-o!
Mesmo receosa ela considerou formidável.
- Vês agora?- Ela continuou- o que sente?
Com os lábios atracados na pele do outro, ela respondeu:
- O desejo é forte, a carne é fraca, o pecado está feito, porém me arrependo de não ter cometido antes, os dias passam logo, amanhã eu também serei comida, dessa vez... Pela terra.

Antes


Quando o corpo cai ao chão, todos vão investigar o motivo da queda, porém esquecem que é tarde e nada mais pode ser feito para reverter o sangue derramado, eu dei as pistas... Elas foram jogadas ao leu, assim como minhas lagrimas. Sinto-me sozinha, e somente eu sei disso. A dor que sinto também é minha, não existem culpados é só uma mente que buscou sentido demais e encontrou apenas o vazio e a hipocrisia.
Deixar se entregar pode ser a maior forma de covardia e talvez não exista solução, eu estou preste a descobrir.

Luto

- É necessario viver, e não morrer a cada momento.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Questionamento, apenas.


- Eu sempre me pergunto: Quando nos magoamos com o outro, a culpa é nossa por ter criado ilusões, expectativas... Ou do outro por ter nos feito acreditar em algo que realmente nunca existiu? Eu fico com a primeira resposta hoje, ontem eu não sabia que era responsável pelos meus atos, sentimentos, pensamentos, ilusões...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Proibido

De novo batendo em tua porta,
Já se passa das nove e teu pai vai trabalhar.
Da janela de pandora gritas:
É tarde, podem acordar!

Com o medo de um lado
E a vontade d’outro
Olho pra janela de novo
Em busca de lá te encontrar

O que vejo é tua sombra,
Fazendo resta na cortina
Com os olhinhos de brisa
Se põe a me espiar.

Meus passos,
Oh... Por que caminhas para longe de minha amada?
A qual deixei acordada, a penar.

Oh noite cruel
Derramas todo o teu fel
Em uma noite de luar

Sonha querida,
Sonha querida amada
Embora acordada
Com os beijos que não lhe pude dar.

Eu caminho querida,
Entre esquina e esquina
Pensando quando eu me juntarei ao teu sonhar.

sábado, 2 de outubro de 2010

Porto


A lógica se esvai com o vento
Do chão ao firmamento
Eu vou cantar.
Tua beleza de luz gritando
Meus ouvidos quase surdos a te escutar.

Tua beleza chorando,
E eu apreciando,
Ó tão lindo penar.

Ah, como és bela,
És minha de direito,
Onde nenhum dever se atreve a tomar.

Somente minha, te digo e te canto.
Te encanto só de falar,
O quanto és bela,
O quanto és minha,
O quanto és vida,
Minha sina.

O quanto padeço
Enquanto escrevo
Tão lindos versos
Em uma mesa de bar.

Peço uma musica,
Pura melodia,
De versos em rima
Só pra te ouvir cantar.

Amar-te, amar-te querida.
É minha sina e meu penar.

Calendário


Homem jogado ao lixo
Pensamentos vastos, em vão.
Primaveras e correntes do pacífico.
Exercitam a paciência.
São horas que se vão.
É verão,           
É passado e presente
E a hora... É agora,
O chamado, o grito
O pensamento.

Na corrida, a queda,
Derrotada
A força
Desaparecida
Em invernos
E outonos.

E choros,
Sem velas,
Nem trela
O choro sozinho
A morte prevista
A alma chagada
O homem morto
Que irônia...
É inverno.