Eu precisava de um tempo,
Eu precisava remoer o vento em busca do cheiro teu.
Eu precisava deixar claro o tormento,
Deixar pedra em firmamento,
E teu nome junto do meu.
Escrevi pra iemanjá,
Deixei os sentimentos nas ondas do mar,
Só pra ganhar o peito teu.
Fiz simpatia em fita vermelha,
Fiz azul na areia,
Virarem meu e teu.
Mexi com o céu, mexi com a terra.
Fiquei só na espera, de teu beijo encontrar o meu.
Olhei a lua na rua deserta
Usei até cultura celta
A lua não me atendeu.
Fui à igreja do pelourinho,
Rezei pra Antonio, rezei pra Augustinho.
O que será que aconteceu?
Pedi a Deus com muita fé,
Agora sim, vai da pé,
E nada me ocorreu.
O que me resta nessa hora
É esperar que um dia, ou agora.
Teu olhar encontre de novo o meu.
E a magia que eu gostava,
Nessa hora ficou calada,
A fita vermelha seu rompeu.
A boca tua ficou gelada,
Minha boca anestesiada,
Quando teus lábios estavam de fronte aos meus.
Obrigada, a fé danada.
Deixo a luz, deixo a morada.
Levo comigo os olhos teus.
- Priscila Cavalcanti.
Prí, estou encantada com seu dom,és uma poetiza minha linda.São muito profundos os poemas,parabéns.
ResponderExcluirE continue ,não deixe adormecer esse dom.
Beijos