domingo, 5 de dezembro de 2010

O novo Brasil


Segundo Aristóteles (Política IV), as eleições são aristocráticas, não democráticas: Elas introduzem o elemento da escolha reflexiva, da seleção das “MELHORES PESSOAS”, os aristoi, em vez de um governo por todos.

Muito tempo se passou para que hoje pudéssemos ter direito ao voto e escolhermos o nosso representante para lutar pela garantia de nossos direitos. Muitos pensadores foram para guilhotina, muito sangue foi derramado nas ruas, muita gente sofreu fortes torturas para lutar por um direito inerente a toda a população: O direito de escolher o seu destino, o destino de seu país.
Tempo depois, sinto profunda tristeza ao ver que tanto esforço não está sendo totalmente reconhecido em nossa sociedade, a juventude que antes ia para as ruas lutar pelos seus direitos ou pelo direito dos outros, hoje fica em casa tomando coca-cola, no MSN, e escutando o: “Rebolation”
Não vejo mais nessa juventude o brilho nos olhos por justiça, a vontade de estudar, não só para passar de ano, mas para obter conhecimento.
Não vejo mais nessa juventude o respeito com o próximo, o sentimento de mudança, para essa nova juventude alienada a sensação é de “tanto faz”, de imitação, de conformismo. A criatividade vem sendo descartada, é mais fácil copiar o outro do que ter seu próprio pensamento, suas próprias atitudes.
Para ser aceito, os jovens estão se submetendo a um pensando intolerante, onde todas as pessoas devem ser iguais, seguir a mídia, a moda, ter o corpo ideal... Isso vem tomando uma proporção cada vez maior, notasse um aumento de casos de bulemia, anorexia, jovens deformados pelo o uso de anabolizantes... Quando não, MORTOS.
O ser - humano vem sendo tratado como objeto ou... Como frutas... Desprezível. Se você não acredita... Escute as músicas que hoje fazem sucesso entre os jovens: “Sou garota melancia e balanço a minha bunda”. Se ainda parecer pouco, assista aos filmes que hoje fazem sucesso onde existem mais propagandas do que conteúdo.
Se ainda assim você achar que a situação não é tão grave... Passe a noite em uma rua movimentada e veja jovens com o som do carro ligado, em um volume muito alto, com músicas de depravação, bebendo, fumando, fazendo orgias em plena via publica.
É isso que a juventude se tornou? E você me pergunta...
O que isso tem a ver com democracia? E a resposta é simples...
Em período eleitoral o que mais escuto é: “Só voto porque senão vou pagar multa, dar meu voto a esses bandidos...”
Enquanto essa visão pessimista perdurar, e o voto ser por obrigação, o Brasil nunca será um país do futuro.
É um absurdo que o voto tenha que ser obrigatório para que as pessoas possam ir as ruas, e decidam o futuro da nação.
E agora você me questiona? E o que isso tem a ver com os jovens?
E eu te respondo: TUDO.
O político do futuro está sendo formado agora, como o eleitorado. E como será o governo desses futuros políticos? Cheios de intolerância, desrespeito, pensando somente em si. Esses jovens que quebram uma lâmpada na cabeça do outro por homofobia.
E quem será o eleitorado do futuro? Com certeza um eleitorado alienado, que não vai estar nem aí para a questão política e social do seu país. Esses jovens que ficam em casa, consumindo o produto da TV, no seu mundo virtual, alienados, E a educação? E as desigualdades? Para eles, “tanto faz”, daqui a dois anos, eles irão votar em outro político que faça a melhor propaganda, que venda seu produto melhor, afinal... Não estamos votando mais por ideologia e sim por consumismo.

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