Sufocando ventos noturnos
O olfato denuncia as flores.
Teu cabelo de diversas cores,
Cai sobre a terra.
Os botões,
Ora de rosas, ora de teu vestido.
O qual eu fazia abrigo,
Em noites de primavera.
Esmagando as flores,
Cheirando a jasmim,
Licor de lua que banha em mim,
E em tua pele desnuda.
Maldita hora que suga,
Os perfumes assim
Lembrando-me tão amargamente
Da dor que é partir.
A de quem falei me espera,
Irei à outra noite de primavera,
Guardarei no bolso o jasmim.
Promete-me que aguardarás o outono.
Quando deixarei cair em teu ombro
O teu nome despejado em mim.
- Priscila Cavalcanti.
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