terça-feira, 20 de abril de 2010

A outra

Sufocando ventos noturnos
O olfato denuncia as flores.
Teu cabelo de diversas cores,
Cai sobre a terra.


Os botões,
Ora de rosas, ora de teu vestido.
O qual eu fazia abrigo,
Em noites de primavera.


Esmagando as flores,
Cheirando a jasmim,
Licor de lua que banha em mim,
E em tua pele desnuda.


Maldita hora que suga,
Os perfumes assim
Lembrando-me tão amargamente
Da dor que é partir.


A de quem falei me espera,
Irei à outra noite de primavera,
Guardarei no bolso o jasmim.


Promete-me que aguardarás o outono.
Quando deixarei cair em teu ombro
O teu nome despejado em mim.


- Priscila Cavalcanti.

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